Ovodoação

O que é?

Quando a paciente não possui mais reserva ovariana para utilizar os seus próprios óvulos no tratamento, a Medicina Reprodutiva tem a opção de ela fazer o tratamento da FIV com óvulos doados, que chamamos de Ovodoação. Outra indicação seria aqueles casos de insucesso com a mini FIV. As doadoras no Brasil podem ser mulheres anônimas de até 37 anos, ou mulheres parentes da mulher de até 4. Grau também com menos de 37 anos.

Para quem está indicado?

Se indica para mulheres acima de 43 anos e/ou com baixíssima reserva ovariana ou mulheres que já entraram em falência ovariana precoce.

Como são as medicações?

Neste caso, os estímulo hormonal é feito na mulher doadora, e na mulher receptora só se ará um preparo do endométrio com medicações orais e vaginais.

Como funciona o acompanhamento?

O tratamento funciona em 3 partes, sendo que as 2 primeiras poderão ser ao mesmo tempo ou não.
1ª. parte: Estímulo hormonal na mulher receptora. É feito o mesmo estímulo hormonal da FIV convencional. A diferença é que após a captação dos óvulos, os mesmos serão divididos entre a receptora e a doadora, caso esta esteja em tratamento também.
Os óvulos doados serão fertilizados com os espermatozóides do parceiro e se desenvolverão os embriões que serão transferidos para o útero da mulher receptora.
Vale lembrar que a receptora quando anônima, deve possuir as mesmas características físicas da receptora como cor da pele, estatura, cor do cabelo, cor dos olhos, peso e inclusive a tipagem sanguínea.
2ª. parte: Preparo do endométrio na mulher receptora. Ao menstruar ela fará um controle ultrassonográfico e iniciará medicação por via oral ou transdérmica para espessar e preparar o endométrio. 3 ou 5 dias antes da transferência ela inicia a progesterona por via vaginal para receber o embrião.
3ª. parte: a transferência do embrião propriamente dito. Vale a pena ressaltar que apesar de o embrião não possuir a carga genética da mão genitora, ele desenvolverá, através da interação com o útero materno, características físicas e de personalidade da mãe genitora. Esta é a ação da Epigenética.

Quais são as taxas de sucesso?

As taxas de sucesso da Ovodoação são as melhores possíveis, devido as características e a idade dos óvulos estarem relacionadas a mulher doadora, que no caso possui menos de 37 ou 35 anos. Desta forma as taxas de sucesso chegam entre 50 a 60% de gravidez.

O tratamento engorda?

Não. As medicações utilizadas na mulher receptora serão apenas aquelas para preparo do endométrio. Esta não receberá as medicações injetáveis para o estímulo ovariano. Desta forma terá menos interferência ainda no peso.

Fica com algum efeito ou “sequela” após o uso das medicações hormonais?

Não, geralmente não há nenhum efeito importante após o uso das medicações para preparo de endométrio.

Vantagens da Ovodoação

As taxas de sucesso são as melhores possíveis devido os óvulos serem de mulheres mais jovens (doadoras).

Desvantagens

O custo deste tratamento é um pouco mais elevado se utilizar óvulos de doadoras anônimas, pois neste caso a receptora custeia parte do tratamento da doadora. Agora se ela utilizar óvulos de parentes de até 4. Grau, o custo torna-se semelhante ao de uma FIV convencional.