PRÉ-AGENDAMENTO PARA CONGELAMENTO DE ÓVULOS

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Congelamento de Óvulos

 

O que é?

A Preservação da Fertilidade ou o Congelamento de Óvulos como é mais conhecido é o tratamento da Reprodução Humana que possibilita que a paciente preserve a sua atual reserva ovariana, que é o estoque de óvulos, para futura utilização quando desejar gestar. É um tratamento de alta complexidade, semelhante a FIV, a diferença é que não ocorre a Fertilização. O Tratamento se encerra na coleta de óvulos, os quais são vitrificados e ficam congelados pelo tempo que for necessário. Também se faz um estímulo hormonal em doses altas, com o intuito de estimular o crescimento do máximo de folículos possíveis, de acordo com a reserva ovariana de cada mulher, para que se consiga um número significativo de óvulos, e congelamento dos mesmos.

Para quem está indicada?

Se indica Congelar óvulos toda mulher que tem desejo de engravidar futuramente, mas a reserva ovariana possa não permitir no momento que desejar. As mulheres mais candidatas são as que estão na faixa etária de 35 a 37 anos, ou mesmo antes dos 35 anos.

Outra indicação é para as mulheres que possuem reserva ovariana diminuída, sem o desejo de engravidar no momento, independente da idade.

Mulheres que serão submetidas a cirurgias ovarianas, como cirurgia de Endometriose ou outros cistos e tumores ovarianos, são orientadas a congelar os seus óvulos antes da cirurgia, pois a cirurgia pode reduzir em até 50% a sua reserva ovariana.

Mulheres com diagnóstico de câncer, quer seja câncer de mama ou qualquer outro câncer possuem indicação para congelamento de óvulos. O ideal é preservar a fertilidade antes de se iniciar a quimioterapia, pois este tratamento é tóxico para as gônadas femininas, podendo levar a falência ovariana.

Como são as medicações?

São iguais as da FIV. As medicações utilizadas para estímulo ovariano são as gonadotrofinas injetáveis, que podem ser naturais (proveniente da urina de mulheres menopausadas) ou recombinantes (feitas por engenharia genética). Aqui, utilizamos doses altas porque o intuito é que cresça um maior número de folículos para se conseguir recuperar o maior número de óvulos possíveis para serem congelados. Dependendo da idade da paciente e da sua reserva ovariana pode ser necessário mais de um estímulo para se conseguir coletar um maior número de óvulos para aumentar as chances de gravidez futura.

Como funciona o acompanhamento?

1. Início do estímulo: Como nos outros tratamentos, tudo começa no 1. dia da menstruação se fazendo um ultrassom transvaginal para avaliação do endométrio e dos ovários, bem como a contagem dos folículos antrais, que podem mudar de um mês para outro de acordo com as ondas foliculares. Estando tudo certo se inicia as medicações gonadotrfinas, que durarão em torno de 10 dias de aplicações. Neste período se fará o monitoramento do crescimento dos folículos através do controle ultrassonográfico.
2. Dia do antagonista ou do início do bloqueio: Nos protocolos mais utilizados, se entra com uma 2ª. medicação quando os folículos começam a crescer e atingem entre 13 e 14 mm, justamente para evitar uma ovulação espontânea e precoce. Existem alguns protocolos que este bloqueio é iniciado antes do início do estímulo e outros que é iniciado junto com o estímulo hormonal.
3. Dia do trigger: é o dia que se entra com a 3ª. medicação, para agora sim deflagar a ovulação, quando os folículos maiores atingirem o tamanho de 18 a 20 mm.
4. Dia da captação dos óvulos: se agenda a coleta dos folículos e captação dos óvulos 36 horas depois do trigger. Este procedimento é feito sob anestesia (sedação).É importante lembrar que nem todos os folículos coletados conterão óvulos, sendo a média de 70 a 80%.
5. Vitrificação dos oócitos: no mesmo dia da captação dos óvulos, os maduros, chamados M2 serão congelados por um processo chamado vitrificação (congelamento rápido).

Quais são as taxas de sucesso?

Depende muito da idade da paciente e da reserva ovariana de cada uma. Quanto mais jovem a paciente e melhor a reserva ovariana, maiores são as chances de se conseguir mais óvulos em um único estímulo. Por isso recomenda-se fazer este tratamento o mais cedo possível, a partir do momento que se tomou a decisão. Se a paciente for acima de 38 anos ou mais e a sua reserva ovariana for baixa, pode ser necessários mais de um estímulo para se conseguir um bom número de óvulos.

Quantos óvulos são necessários para congelar?

Não existe um número que seja necessário para se congelar, quanto mais óvulos coletados e congelados, maiores serão as chances de uma gravidez futura. Os estudos falam que um número ideal seria próximo de 15 óvulos congelados para se ter grandes chances de engravidar. Na prática diária, muitas vezes se consegue sucesso mesmo com um número menor de óvulos congelados, vai depender de cada situação em especial.

O tratamento engorda?

Não. Já existem estudos que avaliam a ação dos hormônios no organismo da mulher. São medicações altamente seletivas para os ovários, e apesar de serem em doses altas, o tempo do tratamento é curto, em torno de 10 dias.
Fica algum efeito ou “sequela” pelo uso das medicações hormonais?
O que os estudos evidenciaram é uma pequena retenção hídrica no mês de tratamento, fazendo com que se ganhe em torno de 300 gramas, mas que é totalmente absorvido no mês seguinte ao tratamento.

Vantagens do Congelamento de óvulos:

Possibilita preservar óvulos que seriam degradados ao longo dos anos e os mesmos podem ser utilizados futuramente mesmo numa idade mais avançada (entre 40 e 50 anos).
Se não for feito o congelamento dos óvulos e o planejamento de gravidez seja para uma idade mais avançada, talvez não consiga engravidar com os próprios óvulos, restando somente a opção da Ovodoação.
Desvantagens:
O congelamento de óvulos não é uma garantia de gravidez. Quando não se consegue um número razoável de óvulos para congelar as chances de engravidar são menores, principalmente se a idade da mulher for mais avançada.

Por quanto tempo os óvulos podem permanecer congelados?

Com as novas técnicas mais modernas de congelamento de gametas, não existe um tempo pré-definido para se manter congelados, os mesmos poderão ser utilizados mesmo muitos anos depois. Se tem relatos de utilização após 20 anos de congelamento. Vai depender mais das questões de saúde clínica da mãe, do que o tempo de congelamento dos óvulos.

Os riscos de abortos ou malformações não são maiores em gravidez após os 40 anos?

Neste caso não porque se considera a idade dos óvulos na época do congelamento, ou seja, em idade abaixo de 37 ou 35 anos. O peso maior do risco da gestação será as condições clínicas da mulher na época da gestação, mas não aumenta o risco de abortamentos ou malformações fetais relacionadas a alterações cromossômicas dos óvulos maternos.